Já foi há algum tempo, mas quem não ouviu...
De assinalar dois aspetos negativos do concerto, por uma lado um piano que rangeu o concerto todo com uma altura, vulgo nota, que aparecia sempre que o pianista retirava o pedal. Enfim, não sei o que lá foi fazer o afinador no intervalo uma vez que na segunda parte o problema da maldita frequência mantinha-se! O outro lado negativo, é, irremediavelmente mais difícil de resolver... O comportamento de um público que não sabia ao que ia, o chamado público de “convites”, frio nos aplausos, as tosses do costume, acho que nem são da época, uma vez que se repetem em qualquer estação do ano, e, o mais lamentável, nos últimos momentos do segundo caderno, em “Feux d’artifice”, um destemido e irritante telemóvel a tocar desenfreadamente. Quanto ao resto, e ainda em relação ao público, foi o costume, a “fina nata portuense”, que não conheço apesar lá ter vivido até há muito pouco tempo e durante mais de trinta anos, a dormir profundamente (literalmente ao meu lado) e até a ressonar (um pouco atrás de mim) e a passagem habitual de, posso jurar, alguma centena, ou mais, de casacos de pele com senhoras lá dentro. Nesta dita “fina nata” não se incluem, obviamente, as pessoas que, como eu, compraram o bilhete para ir ao concerto e lá estiveram com muito gosto.
Braga, 5 de fevereiro de 2012.
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