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"Uma análise quantitativa da população que frequentou o Conservatório mostra uma fortíssima quebra de alunos, inicialmente associada a uma política de contenção da oferta, apresentada no ano de 1930, mas que se aprofundaria até à década de 70. A diminuição de efectivos constituiu um impressivo retrocesso relativamente a todos os outros ramos de ensino que cresceram, em igual período e como nunca até aí, de uma forma sustentada. O estudo histórico mostra que se deve discutir a partir daqui a consolidação de práticas didáctico-pedagógicas específicas à instituição. A
nossa ideia é que o abaixamento dos alunos teve como resposta organizacional mais óbvia o aprofundamento da necessidade de um regime de ensino individualizado da Música. Os dados de que dispomos apontam no sentido da manutenção e da prevalência de práticas de
ensino colectivo até aos alvores do século XX: os professores podiam leccionar a
várias secções no mesmo dia, mantendo-se inclusive o recurso a decuriões".
Estudo de Avaliação do Ensino Artístico,
Mito Do Ensino Individualizado, Fevereiro 2007
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