das escolas do saber, da cultura e do conhecimento aos mega-agrupamentos de explicações
final do ano letivo com surpresas que não são surpresas. metas e mais metas, matrizes curriculares sem jeito nem trambelho (a não ser para dar corpo a ortodoxias ideológicas) despachos, decretos, decretinos e etcs. a retórica do costume: mais exigência e exigência, exames e mais exames, rankings e mais rankings. turmas de nível. uma escola que sirva para o mercado de trabalho (que não existe). mega-agrupamentos sem agrupamento de facto. desprezo pelo trabalho docente. a montanha pariu um crato. impreparado, desconhecedor, arrogante. com falinhas mansas impõe o que bem entende como se nas escolas não existissem pessoas (e pais e mães) que sabem, que pensam que trabalham e que, apesar de tudo, não querem desistir de procurar que a escola pública seja pública, equitativa, heterogénea, culta e plural. eu, tal como escreve daniel sampaio, “prefiro uma escola exigente, mas muito atenta a cada um dos seus alunos. Uma sala de aula que promova a capacidade de aprendizagem, faça a avaliação e registo do progresso das crianças e dos jovens e promova a adaptação a novas situações. Um professor que interiorize a necessidade de educar […]. Um estabelecimento de ensino que tenha exames, claro, mas onde a avaliação final seja apenas mais um passo na consolidação dos conhecimentos. Uma escola onde o truque para o exame final, a batota ou o resumo apressado de um texto clássico não sejam o mais importante. […] não será preciso ir mais além do que propor mais exames?” (público, 2, 1 de julho 2012, p. 40)
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