quinta-feira, 21 de abril de 2005

como que um esvaziamento da alma

(A propósito do comment de Luís Aquino no post “... tal como Feldman”)
Mark Rothkodicks (seu nome russo), tal como Morton Feldman, parecia pintar o nada...
a música de Feldman realizava “o nada” em sons numa obra que me encantou pela sua contenção, subtileza, humildade e transparência. Pouca música no século passado foi capaz de ser tão simples, tão insólita e ao mesmo tempo tão relaxante e complexa. Ainda hoje, quando a ouço entro num estado de acalmia que não controlo sentindo como que um esvaziamento da alma. É que Feldman, na sua música, nunca foi capaz de um gesto brusco.
Tudo nele é dolce e pianissimo!

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