Escrevo como Deus: direito mas sem pauta. Quem me ler que desentorte as palavras. Alinhada só a morte. O resto tem as duas margens da dúvida. Como eu, feito de raças cruzadas. Meu pai, português, cabelos e olhos loiros. Minha mãe era negra, retintinha. Nasci, assim, com pouco tom na pele, muita cor na alma.
Mia Couto, Estórias Abensonhadas, 1994
Mia Couto, Estórias Abensonhadas, 1994
5 Comments:
At Domingo, 29 Maio, 2005, Luís Aquino said...
Quem ainda se lembra dos cadernos da primária com pautas - uma linha em cima e em baixo para fazer de guia aos estreantes na escrita. Acho que só usei isso uma vez; em 1976 já devia estar a cair em desuso, se calhar também houve um 25 de Abril nos cadernos diários.
Bem.. isso deve ajudar a explicar o facto de ainda hoje eu ter dificuldade em ler a minha própria letra.
At Domingo, 29 Maio, 2005, Luís Aquino said...
PB, por que é que mudaste a imagem que te identifica no blog? Será que agora que há mais links na blogosfera a encaminhar para o teu Tónica, não queres que te reconheçam. Não é por nada, mas na imagem que estava anteriormente estavas mais fotogénico...!
At Domingo, 29 Maio, 2005, pb said...
Hehe!
Mudei, simplesmente. Aquela impressão digital não era minha de qualquer forma...
At Domingo, 29 Maio, 2005, Luís Aquino said...
Não era tua, como? Ia jurar que era...
At Domingo, 29 Maio, 2005, pb said...
Não era mesmo minha.
Tinha tirado aquela imagem da net e depois, entretanto, disseram-me que com impressões digitais não se deve “brincar”, pode trazer alguns riscos, por isso, desapareceu. De qualquer forma a imagem que lá está agora fui eu que a fiz, é mesmo única e tem tudo a ver com o blogue porque é mesmo, literalmente (musicalmente), uma tónica dominante!
Abraço.
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