sábado, 7 de maio de 2005

A propósito de "5 % ou menos?"

A propósito da recente investida de excelentes comments no post “5 % ou menos?” queria dizer que, apesar da situação real e lamentável da música ser, em Portugal, a que aí se descreve, me lembrei, em auto-defesa, apenas desta (in)consolável (in)certeza:

“La vie sans musique n’est qu’une erreur, une besogne éreintante, un exil.”

Friedrich Nietzsche, lettre à Peter Gast, 15 janvier 1888
2 Comments:
At Quinta-feira, 12 Maio, 2005, Teresa said...
«Aprended a pensar: [...] - que el pensar ha de ser aprendido como ha de ser aprendido el bailar, como una especie de baile... [...] No se puede descontar, en efecto, de la educación aristocrática el bailar en todas sus formas, el saber bailar con los pies, con los conceptos, con las palabras; ¿he de decir que también hay que saber bailar con la pluma, que hay que aprender a escribir?» Crepúsculo de los ídolos (1889)

(Desculpem: mas não tenho a tradução portuguesa. Li a frase transcrita pelo Paulo e lembrei-me logo disto).

At Sexta-feira, 13 Maio, 2005, pb said...
A música, tal como a compreendemos hoje, é igualmente uma excitação e uma descarga conjunta dos afetos, mas, não obstante, apenas o que, sobrou de um mundo de expressão dos afetos muito mais pleno, um mero residuum do histrionismo dionisíaco. Para a viabilização da música enquanto arte específica, imobilizou-se uma certa quantidade de sentidos, antes de tudo o sentido muscular (no mínimo relativamente: pois em certo grau todo ritmo ainda fala a nossos músculos): de modo que o homem não imita e apresenta mais imediatamente com seu corpo tudo que sente. Apesar disso, é este o estado normal propriamente dionisíaco, em todo caso o estado originário; a música é a especificação lentamente alcançada deste estado, em detrimento das faculdades que lhe são mais intimamente aparentadas.
Crepúsculo de los ídolos (1889)
(gostei particularmente desta parte - encontrei neste site brasileiro)
http://www.odialetico.hpg.ig.com.br/filosofia/nietzsche.htm

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