Há umas horas atrás ouvi Mitsuko Uchida nas três últimas sonatas de Beethoven.
Que programa para um concerto! (por mais que se goste de Beethoven...) Na primeira parte com as sonatas 30 e 31 foi bom mas faltou convencer uma plateia sempre ruidosa (pelo menos três telemóveis ouvi – isto de concertos no norte é outra coisa, é pessoal muito ocupado, não há que perder tempo com concertos e deixar de lado os negócios e algum telefonema importante – está correcto, sim senhor!).
Na segunda parte, com a 32, Uchida, deixou o público aos seus pés, suspenso nos seus trilos em pianíssimo! (Há muito tempo que não ouvia uma sala tão silenciosa como que a pairar sobre o nada...) No fim, agradeceu, agradeceu, “desculpando-se” por não tocar mais.
Acabou, nem um encore!
Realmente, depois da sua intensa interpretação da op. 111 era complicado tocar o quer que seja mas, quem sabe, se não foi eventualmente, e apenas, uma resposta aos três toques de telemóvel da primeira parte... Afinal não é habitual termos no Porto nomes como Mitsuko Uchida todos os dias e, como diz o outro, cada público tem aquilo que que vai fazendo por merecer. Não há encores para ninguém!
Que programa para um concerto! (por mais que se goste de Beethoven...) Na primeira parte com as sonatas 30 e 31 foi bom mas faltou convencer uma plateia sempre ruidosa (pelo menos três telemóveis ouvi – isto de concertos no norte é outra coisa, é pessoal muito ocupado, não há que perder tempo com concertos e deixar de lado os negócios e algum telefonema importante – está correcto, sim senhor!).
Na segunda parte, com a 32, Uchida, deixou o público aos seus pés, suspenso nos seus trilos em pianíssimo! (Há muito tempo que não ouvia uma sala tão silenciosa como que a pairar sobre o nada...) No fim, agradeceu, agradeceu, “desculpando-se” por não tocar mais.
Acabou, nem um encore!
Realmente, depois da sua intensa interpretação da op. 111 era complicado tocar o quer que seja mas, quem sabe, se não foi eventualmente, e apenas, uma resposta aos três toques de telemóvel da primeira parte... Afinal não é habitual termos no Porto nomes como Mitsuko Uchida todos os dias e, como diz o outro, cada público tem aquilo que que vai fazendo por merecer. Não há encores para ninguém!
6 Comments:
At Terça-feira, 10 Maio, 2005, Oficial e Comentadeiro said...
Medidas de profilaxia contra plateias ruidosas
1. No caso dos telemóveis 1.1.Imediatamente antes do começo do concerto, passar um aviso sonoro: «Ai e tal...É favor desligar os telelés senão o artista chateia-se» Isto em português, inglês, francês e svenska (não sei que lingua é, mas vem sempre no menu dos dvd, por isso deve ser importante) 1.2.Em alternativa, revistar a assistência à entrada, obrigando todos os portadores a deixarem o dito aparelho no bengaleiro. Não se faria nenhuma identificação dos tlms, porque isso ficaria muito caro e a CdM é um exemplo de poupança; no fim do concerto, a devolução resolvia-se distribuindo os aparelhos fazendo uma correspondência, que me parece justa,entre o modo de vestir e a marca de telemóvel. Ex.:os telemóveis da quarta geração iriam para quem usasse peles, mostrasse as chaves de um Mercedes ou exibisse dente de ouro; os aparelhos pré-históricos (+ de 3 anos)para quem se apresentasse de t-shirt ou tivesse ar de artista (ainda que vagamente).
2.No caso dos ataques de tosse:
2.1.Os prevaricadores (aqueles que tossissem mais de 1,5 vezes), no fim do concerto, seriam atirados aos donos dos telemóveis que tivessem ficado a perder com a devolução.
At Terça-feira, 10 Maio, 2005, pb said...
Valente “oficial e comentadeiro”!!!
No ponto de 2.1 quase rebentava de rir!!!
Assim sim, vale a pena...
At Terça-feira, 17 Maio, 2005, sasfa said...
Não é só no norte que estas coisas acontecem... Lembro-me do último recital da Maurizio Pollini na Gulbenkian, onde aconteceu exacatamente a mesma coisa. Bom, não três telemóveis, só um, mas já nos encores!! O ar incrédulo de Pollini...
At Sexta-feira, 20 Maio, 2005, Anonymous said...
Admira-me que tenham sido 3 telemóveis apenas... ou teria sido o mesmo telemóvel a tocar três vezes?
At Sexta-feira, 20 Maio, 2005, pb said...
Ai Paulinho, Paulinho! Com que então Anonymous? Pois, pois...
At Sábado, 04 Junho, 2005, pb said...
Afinal não era o Paulinho o ou a Sr(a) Anonymous. É o que acontece quando não se assina os comments...
Sem comentários:
Enviar um comentário