domingo, 1 de maio de 2005

Musique d’ameublement

Satie ne cède jamais à l’abondance, s’il y cède c’est par la longueur voulue pour ses pièces – comme la Musique d’ameublement écrite en 1920, constituée d’une suite de rengaines d’allure populaire, répétées sans fin –, mais non par la multiplicité des figures ou des thèmes employés. L'utilisation que Satie fait de la citation ou du mélange des genres s’affirme au-delà du jeu comme une force de rupture au sein de la forme, et surtout comme une possibilité de distanciation par rapport à la question de l’expression ou de la pureté d’un style.

Béatrice Ramaut-Chevassus
4 Comments:
At Segunda-feira, 02 Maio, 2005, Revolucionário pós-modernista said...
O Satie - que adoro, não que isso importe, mas fica dito - esteve muito bem no seu tempo. Basta ver o modo como Cocteau e o grupo dos 6 se “aproveitaram” da sua atitude estética...

Mas eu acho, e perdoem-me a arrogância, que o que precisamos não é de “Saties” que nos chamem à atenção para a necessidade de romper com a flatulência do romantismo artístico através da ironia da atitude estética...hoje em dia, precisavamos mesmo era de músicos/compositores que comunicassem... Se calhar de “Wagners” que tão odiados eram então...

At Quinta-feira, 05 Maio, 2005, samovar said...
E não existem? Então estamos tramados! Se não gosto de flatulências e me aborrece a atitude estética irónica, que hei-de ouvir?? Ou o chefe deste blog começa a “comunicar” ou só me restam os Sepultura!


At Sábado, 07 Maio, 2005, César Viana said...
Não se pode decidir por decreto que tipo de compositores temos. Podemos, sim, criar as condições para que um meio artístico sólido e profissional torne o seu trabalho coeso, regular, apreciado por um público conhecedor, mas isso dá muito trabalho. Vamos continuar a entregar o dinheirinho dos nossos impostos para subsídios, tem mais a ver com a nossa personalidade de brandos costumes...


At Sábado, 07 Maio, 2005, samovar said...
1 - Claro que sim. A boca foi só para picar o Paulo Bastos e porque achei piada à expressividade do “revolucionário”.
2 - Não vamos não... Não vislumbro uma revolução mas ainda acredito nos agentes da mudança!

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