Among the reproaches most obstinately repeated by these critics, the most widely spread is that of intellectualism: modern music has its origins in the brain, not in the heart or the ear; it is in no way conceived by the senses, but rather worked out on paper. The inadequacy of these clichés is evident. The critics present their arguments as though the tonal idiom of the last 350 years had been derived from nature (...). The idea that the tonal system is exclusively of natural origin is an illusion rooted in history (...). The feeling that, in contrast to traditional music, the conception of modern composition is more intellectual than sensory is nothing but evidence of incomprehension (...). What is labelled as emotion by musical anti-intellectualism yields without resistance to the mainstream of current social logic (...). On the other hand, the objective consequence of the basic musical concept, which alone lends dignity to good music, has always demanded alert control via the subjective compositional conscience. The cultivation of such logical consequence, at the expense of passive perception of sensual sound, alone defines the stature of this perception, in contrast to mere “culinary enjoyment”.
Theodor W. Adorno, Philosophy of modern music
(Afinal o texto de George Steiner publicado no post “5% ou menos” já nem em 1977 acrescentava grande coisa ao que Adorno, uns anos antes, tinha denunciado. Com efeito, esta temática recusa-se a deixar de ser actual quer se fale de Schoenberg, da quantificação e aceitação de todas as novas músicas pelo público ou da coragem dos compositores contemporâneos que “persistem” em dar ao público o seu melhor.
Discutamos pois então a temática da música “mal amada”! Ass: pb).
Theodor W. Adorno, Philosophy of modern music
(Afinal o texto de George Steiner publicado no post “5% ou menos” já nem em 1977 acrescentava grande coisa ao que Adorno, uns anos antes, tinha denunciado. Com efeito, esta temática recusa-se a deixar de ser actual quer se fale de Schoenberg, da quantificação e aceitação de todas as novas músicas pelo público ou da coragem dos compositores contemporâneos que “persistem” em dar ao público o seu melhor.
Discutamos pois então a temática da música “mal amada”! Ass: pb).
4 Comments:
At Sexta-feira, 13 Maio, 2005, César Viana said...
Como diria o Schönberg “prefiro compor como um intelectual do que como um idota”. (cito de memória, não sei se são estas as palavras exactas, mas o sentido é este.
At Sexta-feira, 13 Maio, 2005, pb said...
Hehhee!
Devem ser essas as palavras pois...
At Domingo, 15 Maio, 2005, Teresa said...
“Que estranho conceito de música tem determinada categoria de críticos (a que ousarei chamar hiper-racionalistas), quando dizem de certas obras literárias que não se coadunam ao seu feitio especial de mentalidade, que elas «escapam à crítica», que «não são para serem pensadas mas sim sentidas» e que por isso são de «natureza musical»!!!...”
Fernando Lopes-Graça, 1933“[...] a música para os autênticos músicos e para todos os que a compreendem verdadeiramente [é] uma coisa tão ‘pensável’ como qualquer outra coisa ‘pensável’, uma actividade que oferece tantas possibilidades de que sobre ela se exerça o espírito crítico como qualquer outra actividade intelectual”
Fernando Lopes-Graça, 1939
At Segunda-feira, 16 Maio, 2005, Analepse said...
Bem, esta coisa da criação humana (neste caso específico, artística)ter a sua origem somente nos mecanismos da razão ou nos dos sentidos é mais velha que a Sé de Braga; pelo menos tão velha quanto Descartes ou John Locke (na verdade quanto Platão ou Sócrates, mas não queria ir tão longe. Como esta divisão faz para mim tanto sentido como os anúncios ‘prova de sabor Planta’, prefiro recuperar o que Rousseau disse no século XVIII sobre o assunto, e que hoje haveria de ser qualquer coisa como isto:
O homem não se constitui apenas de intelecto pois, disposições primitivas como as emoções, os sentidos e os instintos existem nele antes do pensamento elaborado; estas dimensões primitivas são para mim, mais dignas de confiança, do que os hábitos de pensamento que foram forjados pela sociedade e impostos ao indivíduo.
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